sábado, 28 de abril de 2012

Entrevista a Bruno Silva.



Tal como vem sendo anunciado há algum tempo no nosso Facebook, e graças as perguntas que os nossos seguidores, temos um enorme prazer de publicar a entrevista ao jovem Bruno Silva.
O Bruno veste a camisola da LA-Antarte.
Antes de mais queremos agradecer ao Bruno Silva por ter aceitado o nosso convite e pela disponibilidade mostrada.

Como surgiu o ciclismo na sua vida?
O ciclismo surgiu quando fui ver uma prova de um primo, achei bonito e pedi ao meu pai para entrar para uma escola de ciclismo.

O que podia ser mudado no ciclismo em Portugal?
Bem uma pergunta difícil, porque o país e o mundo estão em crise, logo a modalidade que vive através de apoios não pode progredir como as pessoas responsáveis pelo ciclismo queriam.

Recomenda que os jovens de hoje entrem no ciclismo profissional tendo em conta a crise e os baixos salários?
Sim, porque o sonho nunca acaba, e temos de lutar sempre pelo que queremos, e acredito que vai melhorar.

Que opções de carreira têm os ciclistas profissionais quando acabam a sua carreira?
Muitas poucas, ou ficam no meio da modalidade, ou durante a vida de ciclista tentam conciliar estudos ou algum negocio que garanta o seu futuro depois de deixar a vida de ciclista profissional.

Passou muito cedo de sub-23 para elite, qual a importância que isso tem na sua carreira?
Não, passei no meu 4º ano e ultimo ano de sub23, e penso que quanto mais cedo se passa mais se vai aprendendo, se vai integrando no ciclismo profissional. Quando se tem uma oportunidade de passar a profissional não se deve desperdiçar.

Quais os planos que tem para o futuro próximo? E mais longinco?
Próximo evoluir como ciclista, ganhar experiência, afirmar-me como ciclista, juntando estas 3 coisas ganhar provas, talvez um dia a Volta, como é o sonho de qualquer ciclista.

Como jovem que é, que futuro vê para o ciclismo neste momento?
Penso que pior não pode ficar, e acredito que vai melhorar.

Na Volta a Portugal 2011, vencer a juventude era um objetivo?
O objetivo foi sempre ajudar a equipa, mas depois do prologo, onde não esperava fazer logo 3 lugar, e vestir camisola da juventude, sim passou a ser um objetivo, sempre a frente o objetivo da equipa que era vencer a volta com um colega.

Quando se iniciou no ciclismo, achava que chegaria tão cedo ao pelotão elite nacional?
Não, nunca pensei, mas o sonho é sempre chegar ao profissionalismo, e trabalhei por esse sonho. É sempre muito bom vermos o sonho concretizado.

Para as pessoas que não o conhecem como se descreveria pessoalmente? E como ciclista?
Bem, pessoalmente sou amigo do meu amigo, um pouco reservado. Como ciclista, luto sempre pelos sonhos, objetivos a que me proponho, tento dar sempre o melhor de mim, e sempre querendo mais e mais, porque só assim se consegue evoluir.

Como convive com o sofrimento do dia-a-dia?
Bem, porque faço o que gosto, e quando isso acontece somos felizes e sentimo-nos concretizados.

Qual o sentimento que surge dentro de si, quando ouve a gritar o seu nome na berma da estrada?
É fantástico, saber que o nosso esforço é reconhecido, que ah pessoas que acreditam em nos, é muito bom, dá-nos ainda mais força para continuar a fazer lutar para fazer melhor.

Se tivesse o poder de mudar uma coisa no ciclismo atual, qual seria?
Ah muita coisa que poderia ser melhorada, mas sem dúvida mais apoio as equipas.

Sempre foi apoiado pela sua família e amigos no seu objetivo de se tornar ciclista profissional?
Sim, sem dúvida, sem eles teria sido mais difícil, mas quando nos sentimos apoiados se torna tudo mais fácil.

Até que idade pensa ficar no ciclismo profissional?
Até achar que já não posso dar mais ao ciclismo, até achar que o corpo já não pode.

Até hoje qual o melhor momento da sua carreira? E o pior?
Melhor foi mesmo o 3º lugar no prólogo da Volta Portugal 2011, e logo no 1º ano como profissional e 1º Volta. Pior, quando tive parado cerca de 3 meses em 2010 por causa de problemas nos joelhos.

O que seria para si uma boa época?
Ganhar uma corrida sem dúvida, mas ajudando a equipa e aproveitar vencer classificações secundarias e fazer uns bons lugares torna-se uma boa época. 

Lembra-se do primeiro autógrafo que deu? Teve alguma importância na sua mural?
O 1º não me lembro, mas lembro-me de um que me marcou, uma vez estava a jantar em casa de uns amigos dos meus pais e um sobrinho deles pediu a tia para vir pedir-me para lhe dar um autógrafo no caderno da escola e num chapéu.


Tem o desejo de se tornar uma referência no nível nacional?
Tenho tentado fazer sempre o melhor, e claro pensa-mos sempre ser reconhecidos.

"Obrigado Ciclismo Mundial, e a todas as pessoas que me apoiam e se deram ao trabalho de me conhecer melhor por estas perguntas.

Abraço Bruno Silva", escrito por Bruno Silva
Bruno Silva a esquerda, Amaro Antunes a direita.
Foto de Maria João Gouveia

Como vem sendo norma, quando entrevistamos um atleta, convidamos outro para nos dar uma opinião mais pessoal sobre o nosso entrevistado, desta vez foi o Amaro Antunes.

Amaro Antunes, qual é a tua opinião sobre o Bruno Silva?

"O Bruno é uma pessoa que gosta do seu espaço, um atleta dedicado e com valor."

Mais uma vez obrigado ao Bruno Silva pela disponibilidade, e a todos os que enviaram perguntas.
Quero também agradecer ainda ao Amaro Antunes, que nos ajudou dando a opinião sobre o Bruno Silva.

8 comentários:

  1. É simples, praticar ciclismo desde novo, e se tiveres resultados podes tornar-te profissional, tens de te esforçar muito, e podes chegar lá Miguel.

    ResponderEliminar
  2. Mas tipo onde sao as escolas de ciclismo ??

    ResponderEliminar
  3. Depende da tua zona. Há muitas espalhadas pelo país, só tens de procurar.

    ResponderEliminar
  4. http://gest.uvp-fpc.pt:8880/equipasiteescolas.php?oper=listar

    Procura nesse link, vais encontrar alguma de certeza.

    ResponderEliminar