2017 foi um ano péssimo para a Movistar…
Nairo Quintana falhou no seu objetivo de conquistar a dobradinha Giro-Tour e a
Vuelta ficou condicionada pela lesão de Valverde no prólogo do Tour e que o
impossibilitou de participar na mesma! A equipa costuma estar sempre na luta
pela geral das grandes voltas e na última temporada apenas o 2º lugar de
Quintana no Giro merece algum destaque, e, mesmo esse, evidenciou que o
colombiano não esteve tão forte como seria de esperar.
Na Vuelta, onde a equipa apresenta sempre
maior competitividade, por correr em casa, nem uma vitória de etapa foi
conseguida. Apesar de ser uma equipa maioritariamente jovem, tinha qualidade e
capacidade para conquistar várias etapas, o que não foi alcançado.
Com vista a demonstrar toda a sua força em
2018, a Movistar contratou Mikel Landa vindo da Sky. O espanhol foi o
grande apoio de Froome no último Tour e, por vezes, mostrou estar superior ao
britânico. Veremos se ele se adapta à equipa e consegue, finalmente, conquistar
uma grande volta, que no caso, poderá ser o Giro d’Itália, onde já se sabe que
o mesmo irá liderar a equipa! Para reforçar a equipa na alta montanha, foram
contratados também três trepadores de qualidade que certamente irão ser grandes
apoios para os líderes nas 3 grandes voltas.
Nas saídas, destacar a de Jonathan
Castroviejo para a Sky. O espanhol, excelente contrarrelogista e que se
defendia relativamente bem na montanha, será uma baixa de peso para a equipa
espanhola, principalmente nos contrarrelógios coletivos. A par deste, também
Alex Dowsett sai para a Katusha e enfraquece a equipa nesta especialidade. Os
irmãos Herrada saltam para a Cofidis, onde poderão liderar a equipa em provas
de um dia. E também Gorka Izagirre junta se ao irmão, Ion, na Bahrein-Merida.
Para 2018, Mikel Landa será o líder para o
Giro, Quintana para o Tour e Valverde para a Vuelta. Está também confirmado que
todos eles farão uma segunda grande volta como gregários! Veremos se se
conseguem entender-se todos entre si e não sobrepõem objetivos individuais aos
objetivos coletivos.
Valverde irá certamente liderar a equipa nas
Ardenas, onde enfrentará a dura concorrência de Daniel Martin e Julian
Alaphilippe, agora em equipas diferentes. Será o espanhol capaz de estar ao
mais alto nível depois de um processo de recuperação difícil?? Já nas clássicas
do Norte, sem nenhum homem capaz de lutar pela vitória, será, provavelmente, Imanol
Erviti a mostrar-se quer em fugas quer a tentar lutar por um bom resultado.
Será a Movistar capaz de voltar a mostrar
toda a força a que nos habituou??
Escrito por: Miguel Simões
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