Danny Van Poppel primeiro líder da Volta à Comunidade Valenciana.

O corredor holandês Danny van Poppel (Lotto NL-Jumbo) venceu a primeira etapa da Volta à Comunidade Valenciana, numa ligação entre Oropesa del Mar e Peñíscola, com 191,4 quilómetros de extensão.

Van Poppel foi o mais forte nos metros finais, com Luka Mezgec (Mitchelton-Scott) a ser segundo e Jurgen Roelandts (BMC Racing), terceiro.

Na geral Van Poppel é líder, com Mezgec no segundo posto a 4 segundos e Roelandts no terceiro, a 6.

A etapa fica ainda marcada por uma fuga de quatro corredores, com Francisco Mancebo (Inteja DCT), José Manuel Díaz (Israel Cycling Academy), Ibai Salas (Burgos-BH) e Paul Ourselin (Direct Energie), a serem apanhados a apenas 18 quilómetros da chegada.

Giani Moscon (Sky) ainda tentou a sorte dentro do último quilómetro, mas acabou por ser alcançado.

Esta quinta-feira o pelotão regressa à estrada, com uma ligação entre Bétera e Albuixech, com 194 quilómetros de extensão.

Quanto aos portugueses, Amaro Antunes (CCC Sprandi Polkowice), foi 36º, Rafael Reis (Caja Rural-Seguros RGA), terminou no 97º posto, a José Mendes (Burgos-BH), no 103º e Nuno Bico (Movistar), no 144º, todos com o mesmo tempo do vencedor. 

Na geral ocupam os mesmos postos que terminaram a etapa, todos a 10s do líder.

Escrito por: Marco Faria

2018 Preview #15 - O comeback de Gilbert: Parte 2

   2017 foi um ano épico para a Quickstep Floors! A equipa, que já nos habituou a um comboio quase invencível nos sprints e a ter homens capazes de lhes dar vitórias em todo o tipo de terrenos, terminou a temporada com umas incríveis 23 vitórias no calendário World tour, sendo a equipa que mais venceu em toda a temporada!

   Nas grandes voltas, a equipa conseguiu um incrível número de 16 vitórias de etapa, com Gaviria a vencer por 4 vezes no Giro, Jungels 1 vez no Giro, Kittel 5 vezes no Tour, Trentin 4 vezes na Vuelta, Lampaert 1 vez na Vuelta e Alaphilippe 1 vez na Vuelta! Para além das vitórias de etapa, Bob Jungels foi 8º na geral do Giro e levou para casa a camisola de melhor jovem e Daniel Martin terminou em 6º na geral do Tour. David De La Cruz esteve muito perto de fechar no top10 da Vuelta mas foi obrigado a abandonar na penúltima etapa devido a uma queda.

   Nos monumentos, de forma histórica, a Quickstep colocou homens no pódio nas 5 provas! Julian Alaphilippe foi 3º na Milano San-Remo e 2º na Lombardia, o regressado Philippe Gilbert venceu o Tour de Flandres numa corrida fenomenal, Zdenek Stybar foi 2º na Paris-Roubaix e Daniel Martin foi 2º na LBL.

   Para 2018, a equipa foi das mais ativas no mercado! Elia Viviani entra na equipa, proveniente da Sky, para o lugar deixado vago por Marcel Kittel! Também o jovem sprinter Fabio Jakobsen se junta àquela que parece ser a única equipa capaz de catapultar o seu sprint a um nível fora de série! Michael Morkov, um excelente rolador proveniente da Katusha, vem fortalecer o comboio belga para a conquista de etapas ao sprint. James Knox, Jhonnatan Narvaez e Florian Senechal são os nomes que fecham a equipa para 2018!

   Quanto a saídas, para além de Marcel Kittel, a Quickstep perde David De La Cruz para a Sky, Daniel Martin para a Emirates, Gianluca Brambilla para a Trek, Jack Bauer e Matteo Trentin para a Michelton e Tom Boonen e Martin Velits que penduram a bicicleta! Veremos de que forma irão ser compensadas perdas tão importantes!

   Na temporada que está a iniciar, Bob Jungels e Fernando Gaviria estão escalados para o Tour, pelo que Elia Viviani deve fazer o Giro. Para a Vuelta as coisas ficam mais incertas… Enric Mas deve ser uma das apostas mas para o sprint fica a dúvida sobre quem será o líder da equipa, se Viviani (visto que os mundiais não são para ele) ou uma jovem promessa como Fabio Jakobsen.

   Nas clássicas, Philippe Gilbert deve fazer tanto as do Norte como as Ardenas! O seu objetivo principal é a Paris-Roubaix mas certamente que o belga quer juntar o Tour de Flandres numa dobradinha. Sem dúvida que com Gilbert, Sagan e Avermaet o espetáculo está garantido! Alaphilippe também quererá brilhar nas Ardenas e pode aproveitar, caso Valverde não esteja ainda no seu máximo, para vencer, por exemplo, a Fleche Wallone!

   Terá a Quickstep capacidade para igualar o número de vitórias da temporada transata?

Escrito por: Miguel Simões.

2018 Preview #14 - Kruijswijk: sucesso ou fracasso??

   2017 foi um ano péssimo para a Lotto Jumbo! Se em 2016, Steven Kruijswijk esteve perto de vencer o Giro, este ano acabou por desistir já dentro da última semana. Os únicos resultados de destaque do holandês acabam por ser o 9º lugar na geral final da Vuelta e o 3º na geral da Volta à Suiça. Groenewegen deu à equipa várias vitórias de etapa, inclusive uma no Tour, e vários lugares que mostram quem em 2018 voltará a ser um dos trunfos da equipa. Roglic deu também à equipa uma vitória de etapa no Tour e várias prestações de grande nível em provas de uma semana.

   No entanto, a equipa falhou em vários momentos chave da temporada! Para além das grandes voltas, as clássicas mostraram ser o grande ponto fraco da equipa, que não conseguiu sequer colocar um homem no top10 quer nas Ardenas, quer no pavê, quer em qualquer dos monumentos.

   Para 2018 entram na equipa vários jovens com grande margem de progressão, o que mostra que a equipa pretende obter resultados a longo prazo e não no imediato. Neilson Powless: excelente trepador e contrarrelogista, Pascal Eenkhoorn: excelente rolador e combativo; Sepp Kuss: jovem que se defende bem a subir e que apresenta alguns resultados já interessantes com equipas de escalão inferior e Danny Van Poppel: excelente sprinter, jovem mas muito experiente.

   De saídas, destacar a de Victor Campenaerts que ruma à Lotto Soudal depois de um ano em que se sagrou campeão da Europa de contrarrelógio. Jurgen van den Broeck que pendura a bicicleta e Juan José Lobato que, aparentemente, fez o mesmo que Jurgen.

   Para 2018, os objetivos da equipa não vão diferir muito daquilo que foram em 2017. Kruijswijk deverá tentar um top10 na geral do Giro, e caso as coisas corram mal tentar fazê-lo na Vuelta. Roglic deverá querer mostrar-se em provas de uma semana e conquistar etapas em alguma das grandes voltas. Groenewegen certamente que irá tentar conquistar etapas em todas as provas por onde passar. Já Boom, depois de um final de 2017 interessante tem um 2018 mais incerto visto ter sido submetido a uma intervenção cirúrgica ao coração, no entanto é bem capaz de voltar a fazer das suas quando menos se esperar dele!

   O que esperam da Lotto NL-Jumbo para 2018?

Escrito por: Miguel Simões.