Escrito por: Diogo Martins
Foi ontem, 23 de fevereiro, apresentada, no tão
encantador Palácio D. Manuel, a 34ª Volta ao Alentejo. Uma das provas mais
bonitas da Europa, pelos encantos das passagens, volta a contar com inúmeras
equipas estrangeiras. Além das 6 equipas portuguesas profissionais, LA-Antarte,
W52-FCPorto-Porto Canal, Radio Popular - Boavista, Efapel, Sporting CP – Tavira
e Louletano – Hospital Loulé, e das sub-23, Anicolor, LibertySeguros –
Carglass, Maia BikeTeam, GoldWin – Team José Maria Nicolau, Sicasal –
Constantinos – UDO e Moreira Congelados – Feira – Bicicletas Andrade; as
estradas alentejanas terão o prazer de encantar os espanhóis da Euskadi Basque
– Murias, dos Suecos Bliz – Merida, os holandeses Metec TKH Continental, os noruegueses
Team Fixit No e Team Coop – Oster HUS, os checos Klein Constantia e os russos
da Lokosphinx. Os americanos da Seleção Nacional e da equipa de Ruben
Guerreiro, Axeon – Hagens Berman, também fazem parte da vasta lista de
pré-inscritos.
Os corredores têm no total 907,8 kms para percorrer.
Partindo de Portalegre, tal como na edição do ano anterior, a primeira etapa é
toda por terras do Alto Alentejo. Com metas volantes ao km 17 – Crato e km 99 –
Portalegre; e contagens de montanha de 2ª Categoria – Cabeça do Mouro (km
102,2); 3ª Categoria Monte Raleiros (km 107,3) e Castelo de Vide – Srª da Penha
(km 138,6), e com uma de 4ª Categoria entre as duas no Marvão (km 118).
Espera-se uma chegada ao sprint em Castelo de Vide, mas possivelmente em grupos
restritos, já que a acumulação de sobe e desce é bastante elevada e demais para
os homens rápidos.
O segundo dia, para os apreciadores de vinhos é um
autêntico roteiro. Depois da partida em Monforte, Borba (km 39,9), Redondo (km
64) e Reguengos de Monsaraz (km 92,8),que são os pontos das metas volantes e, pontos
imperdíveis para uma visita ao Alentejo. Para terminar os 206,2 kms, etapa mais
longa (e talvez a mais decisiva) desta 34ª edição, nada melhor que subida de 4ª
categoria em Montemor-o-Novo!
Como não podia faltar, o Baixo Alentejo tem como
palco a etapa do meio. Totalmente plana, como sobe e desce mas sem contagens de
montanha, a ligação de Beja a …. Beja, de 186,6 quilómetros, será repleta de
sol e calor (espera-se para o bom do espetáculo!) A etapa tem como pontos de
passagem as terras da Vidigueira (km 13), Serpa (km 72) e Mértola (km 125,9),
ambas coincidentes com metas volantes.
No Sábado, espera-se mais afluência do público nas
estradas, e será o dia previsivelmente com mais vento, ou seja, uma etapa mais
difícil em termos técnicos. Em pleno litoral alentejano, o penúltimo dia, tem
preparado a tão famosa e conhecida, Costa Vicentina. De Aljustrel, passagem por
Castro Verde (km 21), Odemira (km 83,8), Sines (km 139,6), Santiago do Cacém
(km 158,6 4ªCat.) e com chegada à tão famosa terra da Liberdade de Zeca Afonso,
Grândola.
Ultimo dia, dia de todas as decisões, se for o caso,
os corredores terão que percorrer 172,3kms entre Santiago do Cacem até à
capital do Alentejo: Évora. A etapa passará por Isaias (km 28,3), Alcácer do Sal
(km 47,6 4ªCat.), Vendas Novas (km 103,2), Montemor-o-Novo (km 126,1 4ª Cat.), Arraiolos
(km 148). Uma última etapa, que pode por a prova todas as classificações, tanto
a liderança da Montanha e pontos, bem com a geral classificativa e da
juventude.
A volta só arranca dia 16 de Março, mas imagino que
já está com água na boca para assistir a uma edição da Alentejana, pelo menos
nós estamos! Em 2015 foi Pawel Bernas, quem será este ano Coroado Rei do
Alentejo?
Curiosidades sobre a Volta ao Alentejo:
Portalegre recebe pelo segundo ano consecutivo o
início da Volta. Da mesma maneira a termina a primeira etapa este ano. No ano
passado a vitória sorriu a James Oram.
É preciso recuar a 2002 para ver uma partida de
etapa em Monforte. No caso de Montemor-o-Novo, devemos recordar bem a vitória
de Edu Prades.
No caso de Portel, a terceira etapa do ano passado
também foi partida. Já no caso de Beja, centro, é preciso volta a 2009, última
edição com Contrarrelógio! Vitória do espanhol Hector Garcia.
Aljustrel foi partida para a penúltima etapa do ano
passado. Grândola foi palco da vitória do argentino, Jorge Montenegro em 2012.
A última vez que Santiago do Cacém foi passagem no
mapa da Volta, foi em 2014, mas em forma de chegada, tal como em 2013. O início
da Volta em 2007 foi nesta cidade do distrito de Setúbal. Évora tem um sabor
especial para Samuel Caldeira, foi a sua última vitória em etapas. Será este
ano que volta a erguer os braços?
Uma grande curiosidade é que nenhum dos vencedores
pode repetir a proeza, da mesma forma que nas 33 edições, houve sempre um
vencedor final diferente! Grandes nomes venceram também na Alentejana, como por
exemplo, Marco Chagas em 1984, Manuel Zeferino em 1986, Joaquim Gomes em 1988,
Fernando Carvalho (tio de António Carvalho) em 1989, Miguel Indurain em 1996 e
também o falecido e tão conhecido Xavier Tondo em 2005!
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