domingo, 6 de dezembro de 2015

Mas, afinal, quem vai ganhar a camisola de líder?



Escrito por: Diogo Martins

Temos assistido, nos últimos dias, a uma revolução em torno da equipa vencedora dos últimos 3 anos da Volta a Portugal. Primeiro, o anúncio do regresso da equipa de Alvalade ao ciclismo como braço direito da W52, ficando com os direitos do equipamento, verde e branco. E, dias mais tarde, FCPorto comunica uma conjugação matrimonial entre FCPorto e a equipa de Sobrado. Vejamos o que se passou.

Na passada terça, o site oficial do clube de Lisboa anunciou que (e passo a citar) "O Sporting Clube de Portugal irá participar na próxima época desportiva de ciclismo profissional, um regresso a uma modalidade com grandes pergaminhos e tradição no clube que corresponde ainda a um grande anseio dos sócios e adeptos". O acordo seria de 2 anos, com a continuação da sede em Sobrado e com a manutenção do diretor desportivo e o diretor de equipa. Seria um regresso muito aplaudido, já que o Sporting voltaria à modalidade quase 30 anos após a extinção.

Já hoje, segundo a versão da página oficial do FCPorto, Pinto da Costa, presidente dos Dragões, afirma que “Numa conjugação de esforços com o senhor Adriano Quintanilha e com o Nuno Ribeiro, o diretor desportivo, conseguimos entre os três um entendimento perfeito e rápido, mas com os pés bem assentes no chão”. O acordo será de 5 anos, com a equipa a ter o nome de W52- FCPorto – Porto Canal. O Porto Canal irá revelar mais pormenores pelas 20h no seu telejornal. O regresso do Porto marcará o fim de 31 anos fora da modalidade.

A equipa tem para 2016 já garantidos os nomes de Gustavo Veloso, Samuel Caldeira, Raúl Alarcon, Rui Vinhas, António Carvalho, Joaquim Silva, Angel Rebollido e Juan Ignacio Pérez, e também a contratação de Ricardo Mestre à equipa de Tavira.

Com o conjunto de circunstância, o Sporting comunicou que suspendeu a pareceria, que, segundo Maximilano Pereira, diretor da equipa, faltava a “proposta final”. Ou seja, tudo indica que o FCPorto estará a correr com a W52 na próxima época (Será mesmo??)

Com estas notícias, vemos que os clubes “de Futebol” querem voltar ao ciclismo usando os projetos já existentes, não querendo correr o risco de criar algo que possa cair por terra. Esse interesse gera um certo desconforto dentro dos amantes da modalidade, pois ela necessita de investimento mas receiam que seja um aproveitamento daquilo que já está criado. Esperemos que realmente haja esse interesse e que, no fim, não se torne num pesadelo para o Ciclismo.

Contudo, uma coisa é certa: independentemente de tudo, o Ciclismo está a viver momentos bons dentro da comunicação social e nas bocas das pessoas; o motivo são os clubes de futebol, mas, pelo menos, falamos da nossa modalidade.

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