Escrito
por: Diogo Martins
Temos assistido, nos últimos dias, a uma revolução
em torno da equipa vencedora dos últimos 3 anos da Volta a Portugal. Primeiro,
o anúncio do regresso da equipa de Alvalade ao ciclismo como braço direito da
W52, ficando com os direitos do equipamento, verde e branco. E, dias mais
tarde, FCPorto comunica uma conjugação matrimonial entre FCPorto e a equipa de
Sobrado. Vejamos o que se passou.
Na passada terça, o site oficial do clube de Lisboa
anunciou que (e passo a citar) "O
Sporting Clube de Portugal irá participar na próxima época desportiva de
ciclismo profissional, um regresso a uma modalidade com grandes pergaminhos e
tradição no clube que corresponde ainda a um grande anseio dos sócios e adeptos".
O acordo seria de 2 anos, com a continuação da sede em Sobrado e com a
manutenção do diretor desportivo e o diretor de equipa. Seria um regresso muito
aplaudido, já que o Sporting voltaria à modalidade quase 30 anos após a
extinção.
Já hoje, segundo a versão da página oficial do
FCPorto, Pinto da Costa, presidente dos Dragões, afirma que “Numa conjugação de
esforços com o senhor Adriano Quintanilha e com o Nuno Ribeiro, o diretor
desportivo, conseguimos entre os três um entendimento perfeito e rápido, mas
com os pés bem assentes no chão”. O acordo será de 5 anos, com a equipa a ter o
nome de W52- FCPorto – Porto Canal. O Porto Canal irá revelar mais pormenores
pelas 20h no seu telejornal. O regresso do Porto marcará o fim de 31 anos fora
da modalidade.
A equipa tem para 2016 já garantidos os nomes de
Gustavo Veloso, Samuel Caldeira, Raúl Alarcon, Rui Vinhas, António Carvalho,
Joaquim Silva, Angel Rebollido e Juan Ignacio Pérez, e também a contratação de
Ricardo Mestre à equipa de Tavira.
Com o conjunto de circunstância, o Sporting
comunicou que suspendeu a pareceria, que, segundo Maximilano Pereira, diretor
da equipa, faltava a “proposta final”. Ou seja, tudo indica que o FCPorto
estará a correr com a W52 na próxima época (Será mesmo??)
Com estas notícias, vemos que os clubes “de Futebol”
querem voltar ao ciclismo usando os projetos já existentes, não querendo correr
o risco de criar algo que possa cair por terra. Esse interesse gera um certo
desconforto dentro dos amantes da modalidade, pois ela necessita de investimento
mas receiam que seja um aproveitamento daquilo que já está criado. Esperemos
que realmente haja esse interesse e que, no fim, não se torne num pesadelo para
o Ciclismo.
Contudo, uma coisa é certa: independentemente de
tudo, o Ciclismo está a viver momentos bons dentro da comunicação social e nas
bocas das pessoas; o motivo são os clubes de futebol, mas, pelo menos, falamos
da nossa modalidade.
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