Escrito
por: Diogo Martins
1. O
domínio inicial de uma Orica GreenEDGE com estratégia e especialmente
competência. Depois de ganhar o Contra Relógio colectivo com já estamos
habituados, conseguiu ainda ganhar a 3ª etapa com Michael Matthews, tendo
andado de Rosa com 3 homens diferentes, Simon Gerrans, Michael Matthews e Simon
Clarke; e por pouco que Esteban Chaves não consegui ser o quarto corredor a
envergar a liderança.
2. Do
Fundo à Ribalta. A Lampre-Merida consegue ser a pior equipa de World Tour na 1ª
etapa, como consegue ser apenas melhor que uma humilde Androni. Por outro lado
e vingando-se de um mau começo, logo na 5ª etapa, Jan Polanc, e dois dias
depois Diego Ulissi, na etapa mais longo e considerada a etapa clássica, vence
sem que ninguém lhe desse favoritismo. Será a Lampre capaz de vencer mais
etapas?
3. Uma
Sky com líder(es) e candidato(s) para tudo. A equipa Inglesa foi com intuito de
ajudar Richie Porte a vencer esta edição do Giro. Notando-se claramente que
está a poupar os trunfos para a 3ª semana, a equipa faz os mínimos para
proteger o seu líder. Todavia a Sky sabendo das capacidades do seu “sprinter”
Elia Viviani, na primeira tirada plana, após proteger Richie Porte até aos 3kms
finais, deixa Viviani em condições para a vitória e respectiva camisola Maglia
Rossa, a da pontuação, que deverá ser, tentar pelo menos, para manter até
Milão.
4. Davide
Formolo e Tom Slagter. Não são os mais jovens da equipa (Formolo sim), mas são
os que deram mais espectáculo. O italiano vence a 4ª etapa de uma forma
surpreendente. O Holandês não vence por ter andado demasiado tempo sozinho e a
frescura era pouca, mas foi brilhante durante toda a etapa. Com o principal
líder Ryder Hesjedal, a mais de 6min de Contador, não será mau investir em
fugas, e especial com a juventude.
5. Um
líder, uma camisola e uma etapa. É este o resumo da Astana. Uma equipa tendo um
líder como Fabio Aru, confiante e em boa forma, precisa de pouca coisa. Mas
para as filheiras Vinokourov, isso é pouco e portanto, temos também um aguadeiro
de luxo, Mikel Landa, que podia perfeitamente ser o líder, um atleta como Paolo
Tiralongo que a idade não lhe toca, vencendo a ultima tirada quando todos
julgavam como entregue a Tom Slagter. Enfim nem é preciso falar dos restantes
elementos, pois o líder está sempre rodeado. Será assim até ao final? Ou vão
pagar caro este trabalho árduo?
6. Contador
líder e sempre líder. Com a camisola Rosa, a equipa tem que desde inicio
controlar as etapas desfalcando Contador no que toca ao apoio essencial nas retas
finais de etapas. O espanhol até agora foi capaz de ir sozinho contra os
tubarões da Astana, e a realidade é que Contador já está habituado a ser líder
e a ter que andar sozinho nos últimos momentos de cada tirada, isso poderá
jogar a seu favor.
7. Sem
favoritismo, mas uma etapa e 2 no top10 já estão. A Movistar não era a partida
favorita para nada, e próprio director o afirmou. Têm uma equipa consistente e
homogénea e isso prova-se com uma boa classificação na geral por equipas, que
não é melhor apenas por não lutar diretamente pelo top 3 final. Beñat Intxausti
já venceu uma etapa, num movimento muito inteligente na fuga da etapa 8,
Visconti e Amador estão no Top 10. Uma coisa é certa, são sérios candidatos a
ganhar a classificação da Montanha. Serão capazes de manter este ritmo em fugas
e luta pelos 10 primeiros lugar?
8. A
desilusão da semana: Rigoberto Uran era um sério candidato a vencer o Giro. O
Colombiano “só” está a 2:10 de Contador, mas será ele capaz de subir na
classificação e ganhar o tempo perdido?
9. Quedas
e desistências. Pozzovivo vinha para o Giro para tentar pelo menos um top5. O
sonho caiu por terra quando na etapa 3 cai numa descida, ficando muito mal
tratado. Está bem e isso é o que interessa, mas fez-nos sofrer durante
instantes e lembrar a morte de Wouter Weylandt numa queda “semelhante”. Etapa 6
fica marcada por um espectador a causar um acidente gravíssimo, obrigando a
desistência de Daniele Colli, e a uma especulação tremenda a volta de Alberto
Contador devido ao envolvimento na queda e suposta deslocamento da clavícula.
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