Escrito por: Admin
Foi para o ar esta noite a entrevista mais esperada
dos últimos tempos para os ciclistas e amantes desta modalidade, Lance
Armstrong contou toda a verdade a Oprah Winfrey sobre o que há muito se falava,
o consumo de substâncias proibidas.
Para o norte-americano era «seria humanamente
impossível vencer a Volta a França em sete ocasiões sem recorrer ao doping».
«A cortisona existiu na minha carreira desde meados dos anos 90. A história foi
perfeita durante muito tempo. Tinha um casamento feliz, filhos, ganhei sete vezes
o Tour... Todos os erros foram da minha responsabilidade, a culpa é toda minha.
Estava habituado a controlar tudo na minha vida, tudo o que dizia respeito ao
desporto», contou Armstrong.
«O sistema de dopagem era profissional e inteligente mas muito conservador. Dopava-me dias antes do início das corridas. A última vez que cruzei essa linha foi em 2005», indicou.
Falou também sobre o seu “cocktail” dopante que consistia em cortisona, EPO e transfusões de sangue. "Dizer que é o mais elaborado programa de dopagem de todos os tempos... Aí está a Alemanha de Leste da década de 1970", refere sem, contudo, chamar atenção para o facto de não ser o único ciclista a ter acesso ao doping. "Não tive acesso a nada que outros não tinham", afirma por diversas vezes.
«O sistema de dopagem era profissional e inteligente mas muito conservador. Dopava-me dias antes do início das corridas. A última vez que cruzei essa linha foi em 2005», indicou.
Falou também sobre o seu “cocktail” dopante que consistia em cortisona, EPO e transfusões de sangue. "Dizer que é o mais elaborado programa de dopagem de todos os tempos... Aí está a Alemanha de Leste da década de 1970", refere sem, contudo, chamar atenção para o facto de não ser o único ciclista a ter acesso ao doping. "Não tive acesso a nada que outros não tinham", afirma por diversas vezes.
Para Lance o consumo de substâncias dopantes era
prática comum no ciclismo na altura.
«Era a cultura da altura. Os outros corriam limpos?
Não vou chamar ninguém de mentiroso, mas isso não é verdade. Na minha equipa
[US Postal] queriam que os rapazes fossem fortes e conseguissem boas performances.
Eu era o líder mas nunca dei uma ordem direta ou uma diretiva para que eles se
dopassem e houve quem tivesse optado por não o fazer. Se calhar poderia tê-lo
feito, mas nunca o fiz».
Lance Armstrong deixou-se inebriar pelo sucesso: «Queria perpetuar a história. É como dizer que as rodas das nossas bicicletas precisavam de ar e as garrafas, de água. Do meu ponto de vista, era algo que fazia parte do meu trabalho. Foi a ânsia de ganhar a qualquer preço, mas com a dimensão que atingiu tornou-se um defeito».
«O mais grave é que eu estava convencido de que nada do que fazia era errado», penitencia-se.
E como foi possível passar incólume a inúmeros controlos anti-doping? «Não acusava nada porque não havia nada no meu sistema», explica Armstrong, fazendo questão de esclarecer: «Nunca paguei à UCI para ocultar provas».
Lance Armstrong deixou-se inebriar pelo sucesso: «Queria perpetuar a história. É como dizer que as rodas das nossas bicicletas precisavam de ar e as garrafas, de água. Do meu ponto de vista, era algo que fazia parte do meu trabalho. Foi a ânsia de ganhar a qualquer preço, mas com a dimensão que atingiu tornou-se um defeito».
«O mais grave é que eu estava convencido de que nada do que fazia era errado», penitencia-se.
E como foi possível passar incólume a inúmeros controlos anti-doping? «Não acusava nada porque não havia nada no meu sistema», explica Armstrong, fazendo questão de esclarecer: «Nunca paguei à UCI para ocultar provas».
Ainda nesta entrevista, Armstrong falou do médico
italiano Michele Ferrari que foi irradiado do desporto devido ao escândalo de
doping que o envolveu como "Há pessoas envolvidas nesta história que são
boas pessoas. Não são monstros. Vejo Michele Ferrari como uma dessas
pessoas."
Também foi
confrontado com diversas gravações de declarações que proferiu, entre elas um
discurso no pódio logo após a vitória do último Tour em que se considerou “ridículo”.
"Vejo
agora e tudo isto parece-me ridículo. Esta foi a última vez que venci a Volta a
França. Patético", afirma
"As
pessoas têm toda a razão em sentir-se traídas. Acreditavam em mim, e vou ter de
viver com isso para o resto da minha vida."
Quanto ao
futuro,
confessa amar o ciclismo e o Tour, mas assume que errou e prejudicou a
modalidade e o seu mais importante evento. "Não sou eu que vou dizer que
devemos limpar o ciclismo. Mas estarei na primeira fila de qualquer comissão
que ajude a melhorar a imagem do ciclismo", diz.
Esta
entrevista como é “público” foi dividida em duas partes, a restante será
transmitida este sábado as 2:00 horas.
Fonte:
Abola, Ojogo e Record.
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