quarta-feira, 30 de novembro de 2011

Entrevista a Rui Costa.



Mais uma vez vamos colocar no nosso blog uma entrevista a um grande ciclista, Rui Costa.
O Rui corre na equipa espanhola Movistar.

Desde já agradeço a todos que enviaram perguntas.


1-Quais as provas que vai "apostar" em 2012?

Antes de mais agradeço ao Ciclismo Mundial esta oportunidade. Ainda não foi anunciado o meu calendário para 2012, portanto não posso apostar em corridas que ainda não sei se as vou fazer.

2-O que achou do traçado do Tour deste ano? E o do próximo?
O Tour deste ano foi duro, como o normal. O mesmo não posso dizer do próximo. Apesar de ter alta-montanha é mais plano, e vai beneficiar outro tipo de corredores, para além dos habituais trepadores.

3-No ProTour sabemos que o dia-a-dia dos ciclistas acaba por ser um pouco diferente do Continental por exemplo. Pode falar-nos um pouco desse seu dia-a-dia?
Levanto-me sempre por volta das 8h e saio para treinar por volta das 9h30 depois de tomar o pequeno-almoço. Se estiver em preparação para uma corrida importante posso fazer um treino até 6h. Depois de chegar a casa e lanchar, por volta das 16h, tomo um duche e vou ao descanso para ter energia e fazer um bom treino no dia seguinte.


4-O que acha do ciclismo actual?
Em Portugal? Está como o país: em crise, infelizmente. Espero que essa crise desapareça rapidamente e que esta modalidade volte aos seus melhores dias.

5-Acha que neste momento é uma referência a nível Mundial?
Eu? Não... sei que tenho valor mas daí a ser referência mundial é demasiado. Mas confesso que gostava de o ser um dia.

6-Tem apenas 25 anos, já ganhou várias coisas importantes, como acha que vai ser tudo daqui para a frente?
Até aqui noto que tenho vindo a evoluir de ano para ano. Vou continuar a trabalhar que assim seja. Vamos lá ver o que a sorte me reserva.

7-Quais são as principais perspectivas para o próximo ano?
Gostava de fazer uma época tão boa como esta. Tenho noção que é difícil, mas sonhar não custa e eu sou sonhador e ambicioso por natureza.

8-Como é correr ao lado de alguns dos melhores ciclistas do mundo?
É uma inspiração. Gosto de ver a forma como pedalam e lêem a corrida.

9-O que sentiu quando cortou em primeiro na etapa do Tour?
Nem sei explicar, mas sei que foi uma sensação muito muito boa e que gostava de voltar a sentir de novo. Faz bem ao nosso ego.

10-Como ingressou no ciclismo?
Primeiro comecei no atletismo onde estive dois anos. Depois fui influenciado pelo meu pai vir para esta modalidade. O meu pai sempre sonhou em ser ciclista, como não conseguiu eu segui o seu sonho.

11-Ainda é muito novo, e com um enorme futuro à sua frente, mas já imaginou o seu futuro quando abandonar o ciclismo?
Não faço a mais pequena ideia do meu futuro depois do ciclismo. Pode ser que não deixe de vez a modalidade... quem sabe.

12-Pensa regressar ao ciclismo nacional ou espera acabar a sua carreira fora do país?
Quando chegar a essa altura logo se vê, ainda é muito cedo para pensar nisso agora.

13-O ciclismo em Portugal, tal como o próprio país, atravessa um momento difícil, como vê o futuro da modalidade em Portugal? Acha que há futuro?
Como referi anteriormente, o ciclismo é também o reflexo do momento difícil que o nosso país atravessa mas é claro que acho que terá futuro. A esperança não pode morrer.

14-Qual seria a sua profissão se não fosse ciclista?
Não me imagino a fazer outra coisa que não seja pedalar... não sei.

15-Teve uma enorme projecção nacional depois de vencer a etapa no Tour, por todos os meios de comunicação social, com o passar do tempo, fomos novamente deixando de ouvir falar em si. Sentiu-se usado pela comunicação social?
De forma alguma. Tenho noção que o Tour envolve muito mediatismo e sabia que teria uma grande projecção nessa corrida e não nas outras, ou na grande maioria delas. Mas não é verdade que os meios de comunicação se esqueceram de mim, pelo contrário, tenho respondido a muitos pedidos de entrevistas, bem mais que nos anos anteriores.

16-Como um ciclista vê o esquecimento dos principais órgãos da comunicação social na sua carreira?
Eu felizmente não sei o que isso é. Tive mais projecção numas corridas que outras mas esquecido na totalidade nunca fui, felizmente.

17-Quando era mais novo tinha algum ídolo no ciclismo? Se sim, quem era? E hoje, tem algum?
O meu ídolo foi e será sempre o grande senhor Armstrong. Também admiro muito o Valverde como pessoa e ciclista.

18-Existem ciclistas que privilegiam as vitórias no Tour, outros nos Jogos Olímpicos ou nos Mundiais, para o Rui que já venceu no Tour, qual seria mais importante?
Não sei... talvez os Jogos Olímpicos. Pela simples razão de que se é campeão por muito mais tempo que os restantes (durante 4 anos consecutivos).

19-Como é conviver com a pressão de uma prova como o Tour?
Nós somos muito bem tratados e os profissionais que nos rodeiam fazem de tudo para que essa pressão não chegue até nós e comigo tem resultado. É verdade que a euforia é muita mas sabemos vivê-la de forma saudável.

20-Sente que a tendinite que teve no Tour penalizou muito a sua participação?
Iria ser difícil fazer outro grande resultado mas é verdade que me afectou muito e prejudicou o meu desempenho.

21-Pensou em algum momento abandonar o Tour devido à lesão?
Sim, imensas vezes. Sofri muito e sempre que esse sofrimento se fazia sentir pensei que não ia aguentar. Felizmente consegui ser forte e terminar o Tour.

22-Sentiu-se um alvo a abater depois de ter vencido a etapa? Depois dessa vitória quando atacava víamos de imediato membros de outras equipas e segui-lo, para não o deixar fugir.
De certa forma sim. Quando um ciclista ganha não passa despercebido aos outros e eu sabia que a partir dali iria ser mais marcado e ter menos liberdade.

Xavi Tondo a esquerda e Rui Costa a direita.
23-Qual foi, no seu ponto de vista, o ponto mais triste da sua carreira?
Foi ir ao funeral do meu colega de equipa e amigo Xavier Tondo. Foi uma sensação horrível e difícil de ultrapassar.

24-Se pudesse, o que é que mudava no mundo do ciclismo?
Gostava que o Ciclismo deixasse de ser o parente pobre do desporto. É a modalidade mais dura e das menos valorizadas.

Antes de terminar esta entrevista queria agradecer ao Rui Costa por toda a disponibilidade mostrada em responder as nossas perguntas.


Rui Costa a esquerda, e André Cardoso o terceiro a contar da direita.


Não poderia também deixar de agradecer ao André Cardoso, que deu a sua opinião sobre o Rui Costa.


André, como o conheces-te o Rui?

Conheci o Rui Costa nas provas, eu era júnior e o Rui era Cadete, lembro perfeitamente de ele já ser um grande atleta e marcar a diferença naquele escalão. Mais tarde acabou por ser meu colega de equipa no S. J. de Ver no ano de 2005.

Qual a relação que mantens com o Rui?

Acaba por ser uma relação de colegas de profissão e respeito mútuo, o Rui tem uma carreira internacional e eu apenas irei em 2012 além fronteiras mas para equipas distintas.

Qual a sua opinião sobre o Rui como pessoa? E como profissional?

A verdade é que eu do Rui não tenho razão de queixa, como pessoa é um rapaz simples, humilde, honesto, expressivo e por vezes engraçado. Como profissional é o que todos nós sabemos, os resultados acabam por falar por si mas dentro dos bastidores posso dizer que é bastante exigente com ele, ambicioso e tem boa leitura de corrida.

terça-feira, 29 de novembro de 2011

Joni Brandão na Burgos.



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Mais um jovem ciclista Português, optou por ir pedalar para Espanha, ao serviço da equipa Burgos, equipa do escalão Continental UCI. Joni Brandão encontrou vaga na equipa espanhola.

Um destino diferente tomou Fábio Silvestre, rumará a RadioShack Continental.

Fonte: jornalciclismo

sábado, 26 de novembro de 2011

Época 2012 e suas alterações.




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Nuno Ribeiro e Ricardo Vilela são as grandes contratações da equipa Efapel, para a próxima época, considerando a assinatura de Sérgio Sousa, Rui Sousa, Sérgio Ribeiro e Filipe Cardoso.

Especula-se que não continuaram para já apenas Carlos Baltazar, Bruno Pinto e Santi Perez, sendo que o restante plantel ainda tem algumas indefinições.

A Efapel apresenta-se com um plantel de grandes nomes, assumindo-se assim como o plantel mais competitivo do pelotão nacional.

Nuno Ribeiro regressa a modalidade após dois anos de ausência, podendo ser um dos nomes grandes para esta época e quem sabe para a Volta a Portugal, perfilando-se a Sérgio e Rui, ambos apelidados de Sousa.

A Boavista procura ainda a possibilidade de formar uma equipa para competir no escalão principal, sendo realizadas algumas reuniões com o núcleo da equipa, de forma a encontrarem num curto espaço de tempo soluções para poderem por uma formação de oito ciclistas na estrada, numero mínimo exigiu pela UCI.

De Paredes vem as notícias que a equipa está em formação, ainda não sendo conhecido qualquer nome que possa correr pela equipa para 2012.

Certo é o apoio da LA, de Luís Almeida.
 

A equipa do Tavira, vencedora da Volta a Portugal de 2011, apesar do seu êxito não conseguiu reunir um leque de patrocinadores que precisavam para formar uma equipa com grandes nomes, apesar do interesse de alguns ciclistas em ingressar na equipa algarvia. Seja como for, a formação de Tavira é a formação que conserva a grande maioria dos ciclistas do ano passado, mantendo-se Ricardo Mestre como chefe de fila, continuando assim uma formação de grande qualidade e candidata a Volta a Portugal mais uma vez.

Fonte: jornalciclismo

quinta-feira, 24 de novembro de 2011

Tour de 2013 terá ínicio na Córsega.



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A edição da Volta a França em bicicleta de 2013 terá início na Córsega, anunciou a organização da competição, esta quinta-feira.

Será a primeira vez que a ilha do Mediterrânio irá receber o pelotão do Le Tour desde a sua criação, em 1903, sendo que o Tour não se disputou nos anos das grandes guerras mundiais.

Mais pormenores sobre esta edição só para 6 de dezembro, mas o jornal Corse Matin, avançou de deverão ser disputadas três etapas na ilha.

Em 2012 o inicio do Tour será em Liège, na Bélgica, a 30 de Junho.

Fonte: abola.pt   

terça-feira, 22 de novembro de 2011

Silva & Vinha-ADRAP em destaque na pista de Sangalhos.


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A Taça de Portugal de Pista terminou com a terceira prova pontuável, no Velódromo de Sangalhos.

A equipa com mais títulos arrecadados foi a Silva & Vinha/ADRAP/Sentir Penafiel, qua conquistou nada mais, nada menos que cinco troféus. Em termos de contas de troféus, as equipas que se seguem são Selecção Nacional/Liberty Seguros, a Emerita Track, a Ouribike/Ouriquense e a formação Viveiros Vítor Lourenço/Sintra CC.

Elite
Perseguição: Javier Carrasco (Emerita Track)
Eliminação: Javier Carrasco (Emerita Track)
Pontos: Carlos Ferreira (Silva & Vinha/ADRAP/Sentir Penafiel)

Elite Feminina
Perseguição: Andreia Ponte (Ouribike/Ouriquense)
Pontos: Joana Patrício (Ouribike/Ouriquense)
Velocidade: Joana Patrício (Ouribike/Ouriquense)

Sub-23

Perseguição: Samuel Magalhães (Vitória/ASC/RTL)
Pontos: José Gonçalves (Liberty Seguros/SM Feira)
Velocidade: Leonel Coutinho (Vitória/ASC/RTL)
Perseguição por Equipas: Liberty Seguros/SM Feira

Juniores
Perseguição: José Mendes (Selecção Nacional/Liberty Seguros)
Pontos: Luís Gomes (Silva & Vinha/ADRAP)
Velocidade: Luís Gomes (Silva & Vinha/ADRAP)
Perseguição por Equipas: Selecção Nacional/Liberty Seguros

Juniores femininos
Perseguição: Cristina Fernández (Emerita Track)
Pontos: Ana Azenha (Selecção Nacional/Liberty Seguros)
Velocidade: Daniela Reis (ACD Milharado)

Cadetes
Perseguição: Fábio Mansilhas (Silva & Vinha/ADRAP)
Pontos: Fábio Mansilhas (Silva & Vinha/ADRAP)
Velocidade: César Martingil (CC José Maria Nicolau)
Perseguição por Equipas: Trevomar/Arca de Noé

Veteranos A
Perseguição: João Serralheiro (GD Santo António/Evorabike)
Eliminação: João Serralheiro (GD Santo António/Evorabike)
Pontos: Pedro Rasquete (SC Leiria e Marrazes/Fatibike)

Veteranos B
Perseguição: Vítor Lourenço (Viveiros Vítor Lourenço/Sintra CC)
Eliminação: Vítor Lourenço (Viveiros Vítor Lourenço/Sintra CC)
Pontos: Vítor Lourenço (Viveiros Vítor Lourenço/Sintra CC)

Veteranos C
Perseguição: Vitorino Pereira (Vírios Texteis)
Eliminação: Vitorino Pereira (Vírios Texteis)
Pontos: César Mendonça (Póvoa Clube BTT)

Fonte: jornal ciclismo

World Tour com 16 equipas confirmadas.



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A União Ciclista Internacional (UCI) tornou publico esta segunda-feira a lista onde constam as 16 equipas do World Tour para o ano de 2012, sendo possível ainda acrescentar dois nomes nas próximas semanas,  a australiana GreenEdge e a RadioShack.

Da lista destaca-se a Europcar, que descerá para a categoria continental, e também a saída da espanhola Geox, equipa de David Blanco o ciclista bem conhecido e acarinhado em Portugal, vencedor de quatro Voltas a Portugal.

A Europcar e a Geox podem ainda obter uma licença continental.
Nas equipas francesas mantêm-se ainda no World Tour a Française des Jeux e a AG2R La Mondiale, enquanto que na Espanha terá mais uma equipa, a Euskaltel, que se juntará a Movistar.

As outras 12 equipas são Astana (Cazaquistão), BMC e Garmin (EUA), Lampre e Liquigas (Itália), Rabobank e Vacansoleil (Holanda), Sky (Grã-Bretanha), Katusha (Rússia), Lotto e Omega Pharma (Bélgica) e Saxo Bank (Dinamarca).

Fonte: record

quinta-feira, 10 de novembro de 2011

Floyd Landis condenado a um ano de prisão.



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Floyd Landis, ex-ciclista norte-americano, em que lhe foi retirada a sua vitória na Volta a França de 2006 depois de ter acusado positivo num controlo anti-doping, foi hoje condenado pela justiça francesa a um ano de prisão com pena suspensa, na sequência de um processo relacionado com espionagem ao laboratório de antidopagem.

O caso é dirigido precisamente a 2006, ano em que Landis viu-lhe ser retirada a vitória na Volta a França, com uma denúncia do laboratório sobre intrusões no seu sistema informático.

Para além do corredor também o seu treinador, Arnie Baker, foi acusado de obter documentos ilegais para tentar provar a sua inocência, sendo condenado agora. Landis está retirado desde o inicio do ano, e terá que pagar ainda 1,5 milhões de euros.

Fonte: abola